A mala de viagem é um item essencial a qualquer viajante. Além de guardar pertences, a tecnologia atual faz com que elas sejam cada vez mais leves e fáceis de carregar. Porém, nem sempre foi assim: a mala antiga era muito diferente da atual. Veja como este item indispensável evoluiu do século XX até aqui:
A mala de viagem retrô, antes de 1970, era muito mais difícil de carregar que a atual. Naquela época, as bagagens não tinham rodinhas: eram basicamente maletas grandes que tinham que ser carregadas com as mãos. A forma mais prática de movê-las era com carrinhos.
Porém, em 1970 Bernard D. Sadow mudou as malas de viagem para sempre. Ele voltava de férias na ilha caribenha de Aruba com a sua família e percebeu a dificuldade que carregar as malas gerava. Ao ver um empregado do aeroporto empurrando um carrinho sem maiores dificuldades, teve a ideia de aplicar o princípio às bagagens.
O então vice-presidente de uma fábrica de malas e casacos de Massachusetts instalou quatro rodinhas de um armário em uma mala: nascia a mala de viagem com rodinhas. Sadow batizou seu invento de rolling luggage, pediu a patente em 1970 e a recebeu dois anos depois.
Por mais que as rodinhas facilitassem o transporte das malas de viagem, até então elas contavam apenas com uma alça pequena. O piloto da Northwestern Airlines Roberth Plath foi quem fez o ajuste final que tornou a bagagem o que é hoje.
Plath era um entusiasta de modificações e adaptações de objetos. Em 1987, ele adicionou duas rodas e uma haste em uma mala de viagem. Era o nascimento do artigo como conhecemos hoje, a mala estilo carrinho.
A princípio, ele vendeu sua criação apenas a seus colegas de trabalho, pilotos e comissários de bordo. Depois de algum tempo, ele desistiu da aviação para se dedicar à sua empresa de malas de viagem, a Travelpro International, no mercado até hoje. Outros fabricantes prontamente imitaram a mala criada do Plath, e o modelo se disseminou rapidamente.
Hoje é difícil imaginar uma viagem sem uma mala com rodinhas. Porém, na época em que o modelo tradicional foi modificado, as alterações não foram muito bem recebidas pelo público. Sadow afirma que a maior resistência vinha dos homens: para eles, carregar uma mala com as próprias mãos era sinal de masculinidade.
Atualmente já há uma grande diversidade de bagagens: desde a mala de viagem rígida e com quatro rodas até a semi rígida, com apenas duas. O consumidor pode escolher entre várias marcas.
Além disso, já há protótipos de malas de viagem conectadas à internet. Esta funcionalidade permite que passageiro seja alertado caso o peso da bagagem ultrapasse o permitido pela companhia aérea ou a mala não seja embarcada na aeronave correta. Permite, também, que o dono se conecte à internet, entre outras funcionalidades. Muito em breve, uma mala deixará de ser uma simples mala.